domingo, 10 de fevereiro de 2008

Teu Nome


Teu Nome

Na praia do Farol tranqüila e triste

que abriga a solidão que em mim existe
escrevi o teu nome a meditar.

Mas quando a onda quebrou. Águas e brumas

entre lençóis alvíssimos de espumas,

carregaram teu nome para o mar.

Escrevi teu nome na mangueira

para que ele ficasse a vida inteira

desafiando a própria eternidade.

Mas logo veio a chuva fria, bem forte,

àquela que só tem aqui no Norte,

e o teu nome se foi na tempestade.

Nas asas das araras dessa tarde,

eu escrevi sem medo, sem alarde.

por extenso, o teu nome outra vez.

Mas a noite chegou e elas fugiram...

Suas penas de negro se tingiram

e o teu nome querido se desfez.

Esperei ansiosa a madrugada,

levando a minha cruz rude e pesada

nessa macha exaustiva e indefinida.

Escrevi o teu nome nas estrelas,

pensando que só eu pudesse vê-las,

e o céu riscvou teu nome dessa vida.

Sobre a palma da mão sincera e crente,

escrevi o teu nome novamente,

e a minha mão confiante se fechou.

Mas de tanto estender a mão ao mundo,

de tanto bracejar no mar profundo,

teu nome amado a brisa carregou.

Deus teve pena dos meus sacrifícios

e prestou-me o maior dos benefícios:

o teu nome de amor Deus colocou...

No peito peregrino e abençoado

que tem a poesia sempre ao lado,

e jamais o teu nome se apagou


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