quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Penso-me.






Sou o mais extravagante de meus pensamentos.
Se não, ao menos, o mais intencional.
Sou um produto imaginário,
Energia das ondas,
Vibração das cordas.

Variação da pressão atmosférica,
Produzi-me revolução.
Vapor,
Alta frequência,
Cubo,
Pirâmide...

Sonho-me.
Sou o melhor de meus sonhos.
Se não, ao menos, o mais real de todos.

Produção final de idéias invisíveis,
Sensação de dissolução, recomposição,
Harmonia. Dissonância. Luz. Prisma.
O pêndulo,
O círculo!...

Projeto-me.
Sou o mais arrojado dos meus investimentos.
Fiz-me matéria e finjo toda esta realidade.

Atravesso espaços como palcos;
Representando tragédias em três atos...
O número mágido da ilusão,
Diapasão,
Violino....

Sei-me.
Trago tantos contextos,
Tantos pontos de vista,
Tantas referências,
Tantas dúvidas...

Sei-me uma variação matemática...
Espelho,
Cristal,
Abstração,
Velo-me,
Revelo,
Desvelo,
Côncavo...
Cônvexo...

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